quarta-feira, 16 de maio de 2012

“Teoria dos dois mundos” defendida por Platão



A partir da Teoria das Idéias podemos elaborar toda a filosofia platônica, sobre o interior, sobre a justiça etc. a Teoria das Idéias constitui o eixo do desenvolvimento do pensamento platônico. Mesmo que ao longo de sua vida a Teoria das Idéias tenha sofrido algumas modificações, Platão jamais a abandonou. Nessas idéias estão contidos todos os problemas que são tratados pelo pluralismo de Pitágoras, sobre a questão da ‘mobilidade’ ou do ‘devir’ em Heráclito, a questão do ‘ser estático’ em Parmênides. Platão desenvolveu a noção de que o homem está em contato permanente com dois tipos de realidade: a sensível e a inteligível. O conhecimento sensível ocupa-se dos objetos sensíveis que são para Platão imagens das idéias; o conhecimento inteligível volta-se para os modelos dos objetos sensíveis, ou seja, as idéias. Dentro do conhecimento sensível Platão considera dos níveis: o inferior e o superior. No nível inferior encontram-se os fenômenos, as imagens refletidas. Sobre este conhecimento só é possível fazer conjecturas. O nível superior é composto pelos objetos fabricados pelo homem, os seres vivos e plantas. Este segundo grau do sensível não é de saber definitivo, mas faz parte do domínio da crença. Este conhecimento sensível representa o falso saber, simbolizado pelo conhecimento que os prisioneiros da caverna possuem. É com o conhecimento inteligível que entramos no domínio do saber. Neste tipo de conhecimento Platão considera também dois níveis: o inferior e o superior. O grau inferior do conhecimento inteligível corresponde ao conhecimento discursivo, cujos objetos são as hipóteses e formas matemáticas. O grau superior do conhecimento inteligível é a intuição intelectual, a qual tem por objeto os seres inteligíveis superiores, as idéias. O filósofo grego Platão, acreditava que o mundo que conhecemos não é o verdadeiro. Para ele, a realidade não estava no que podemos ver, tocar, ouvir, perceber. Na filosofia de Platão existem dois mundos: o primeiro é aquele que podemos perceber ao nosso redor, com os cinco sentidos. O outro é o mundo das idéias, onde tudo é perfeito e imutável. Não podemos tocá-lo, ele não é concreto. Só o pensamento pode nos levar até lá. Nossa vida para Platão, é como a dos prisioneiros do mito, acorrentados no fundo da caverna. Vemos as coisas que conhecemos como se fossem reais, mas não passam de sombras, ilusão. A verdade está fora da caverna, no mundo das idéias, na luz. Ou seja, é preciso desconfiar do que nossos olhos e ouvidos dizem. Devemos nos guiar pelo pensamento e pela razão. Foi em tono dessa idéia que nasceu a filosofia, no fim do século V antes de Cristo. Platão afirmava que o corpo era um túmulo que aprisiona a alma. Um obstáculo ao pensamento, Platão acredita que para atingir a verdade e o bem, você deve se libertar da sedução dos sentidos, tudo que vemos e percebemos ao redor são cópias mal-feitas das idéias, que são perfeitas e eternas, é como se a natureza e as pessoas fossem uma cópia de modelos que só existem no mundo das idéias. O que Platão quer com isso é distinguir o verdadeiro do falso, o semelhante do diferente, a essência da aparência.

"Platão afirma haver dois mundos diferentes e separados:
1. o mundo sensível, dos fenômenos e acessível aos sentidos;
2. o mundo das ideias gerais (inteligível), "das essências imutáveis, que o homem atinge pela contemplação e pela depuração dos enganos dos sentidos".
Platão, assim, tenta superar a oposição de Heráclito à mutabilidade essencial do ser e a posição de Parmênides, para qual o ser é imóvel, relacionando o mundo das ideias ao ser parmenídeo e o mundo dos fenômenos ao devir heraclitiano.
Para explicar melhor sua teoria, Platão cria no livro VII da República o mito da Caverna, segundo o qual imagina uma caverna onde estão os homens acorrentados desde a infância, de tal forma que não podem se voltar para a entrada e apenas enxergam uma parede ao fundo. Ali são projetadas sombras das coisas que se passam às suas costas, onde há uma fogueira. Platão afirma que se um dos homens conseguisse se libertar e contemplar a luz do dia, os verdadeiros objetos, ao voltar à caverna e contar as descobertas aos companheiros seria dado como louco.
No mito podemos associar os homens presos à população e o homem liberto a um filósofo. Os homens presos conhecem apenas o mundo sensível, já o liberto conheceu a verdadeira essência das coisas, conheceu o mundo das ideias.
Marilena Chauí define o pensamento socrático, para quem "o mundo sensível é uma sombra, uma cópia deformada ou imperfeita do mundo inteligível das ideias ou essências".
O mundo material, assim, somente se torna compreensível através da hipótese das ideias, mas tal afirmativa deixa em voga um problema, já que a existência do mundo das ideias não basta a si mesmo. É necessário admitir um conhecimento das ideias incorpóreas que antecedem o conhecimento fornecido pelos sentidos, que por sua vez, somente alcançam o corpóreo.
Platão procura responder este problema no "Mênon", quando explica que o intelecto pode aprender as ideias porque ele é, também, como as ideias, incorpóreo. A alma, antes de prender-se ao corpo, teria contemplado as ideias com os deuses. Com isso Platão afirma a imortalidade.
Daí, no entanto, surge outro problema, que o próprio Platão levantou no diálogo "Parmênides". Se a imortalidade liga a alma às ideias, como explicar o relacionamento entre as formas e os objetos físicos, entre o incorpóreo e
o seu oposto, o corpóreo?
A relação entre as formas e os objetos físicos que lhe são correspondentes é a outra grande questão levantada por Parmênides. Platão procura resolvê-la através das noções de participação (por exemplo: um animal só é um animal enquanto participa da ideia de animal em si) e a de imitação, mas ele próprio cria diversas objeções a essas noções, muitas das quais serão usadas por filósofos posteriores, incluindo seu discípulo Aristóteles".

Referência:
Autor do conteúdo: desconhecido.
Disponível em: http://www.psicoloucos.com/Platao/teoria-das-ideias.html acesso em 16 de maio de 2012

Um comentário:

  1. Sobre esse assunto, entendo que Platão foi responsável pela construção de alicerces da filosofia natural ciência foi os mais importantes filos fia Platão a verdade pode ser uma propriedade do nosso pensamento e da nossa linguagem é a verdade lógica consiste ela em o nosso juízo concordar, perfeitamente, com a realidade, que ele quer reproduzir.
    Ele conhecia esta verdade lógica, que significar uma propriedade do ser.
    Descreve aqui o sentido verdadeiro que conhecemos sobre a verdade. A distinção entre um verdadeiro ser ao lado de um existente", que não é verdadeiro ser, por estar compreendido entre o ser e o não ser, domina inteiramente toda a sua Filosofia. A verdade ontológica é, porém, para ele, algo de mais primitivo, e diversa do correspondente ao dever–ser; pensador medieval, ao qual corresponde a ideia da pedra na mente divina. Platão, o existente nunca se identifica totalmente com a sua ideia.

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