Filosofia Moderna
A doutrina do empirismo foi definida explicitamente pela primeira
vez pelo filósofo inglês John Locke no século XVII. Locke argumentou que a mente seria,
originalmente, um "quadro em branco" (tábua rasa), sobre o qual é
gravado o conhecimento, cuja base é a sensação. Para o Empirismo, a experiência é a base do conhecimento
científico, ou seja, adquire-se a Sabedoria através da percepção do Mundo
externo, O empirismo diz que a origem das Idéias é o processo
de abstração que se inicia com a percepção que temos
das coisas através dos nossos sentidos. René Descartes, conhecido também como Cartésio, tem um “pé” dentro da
filosofia moderna, onde desejava encontrar um método que não fosse o
aristotélico, e que lhe permitisse um caminho para novos descobrimentos. A
matemática influiu decisivamente no método cartesiano. A “dúvida metódica”
levou à afirmação do “Penso, logo existo”. Por meio da dúvida metódica, chega ao “cogito,
permite estabelecer o raciocínio: “Se eu existo, sei que sou imperfeito,
Descartes reconhece que, ao conhecer-se intuitivamente como ser, reconhece que
seu corpo é distinto do seu pensamento. A alma, como pensamento, pode ser
pensada sem extensão, porque a extensão não lhe é essencial, enquanto a
essência do corpo é a extensão. Os modos
da substância pensante são a sensação, a paixão e a vontade.
O empirismo é a sabedoria adquirida por percepções;
pela origem das ideias por onde se percebe as coisas, independente de seus
objetivos e significados; pela relação de causa-efeito por onde fixamos na
mente o que é percebido atribuindo à percepção causas e efeitos; pela autonomia
do sujeito que afirma a variação da consciência de acordo com cada momento;
pela concepção da razão que não vê diferença entre o espírito e extensão, como
propõe o racionalismo e ainda pela matemática como linguagem
que afirma a inexistência de hipóteses. Para os empiristas, ao contrário dos racionalistas, todas as idéias além
da experiência são falsas. Não existe a metafísica, toda a idéia vêm da física.
O empirismo, quando radicalizado, é a comprovação de que tudo é físico, e que o
além físico é fruto de um erro da imaginação humana. Não é somente necessário à
idéia, está isenta de contradições, como diz Descartes quando fala em evidência,
para os empiristas ela precisa da pedra de toque da experiência para ser
validada, ser objetiva. Hume, como Lucke, acreditava que todas as idéias do
homem surgem a partir do material sensível. O homem é como uma tabula rasa. A partir
do material sensível o homem vai construindo juízos sobre o que percebe, no
entanto, por certas deficiências, às vezes o entendimento não consegue
descrever exatamente o que sente, não representa corretamente as coisas experimentadas
nas idéias, produz signos sem significados. Hume percebe uma correspondência
exata entre as idéias simples que o entendimento produz e os dados do sensível.
Para o Inglês há uma exata proporção entre as idéias simples e as sensações
simples. Porém, quando o entendimento pretende em alguns casos a descrição de
sensações mais complexas, generalizando relações, ele comete alguns erros, não
consegue o mesmo grau de realidade e intensidade das idéias simples.
Kant e o
Iluminismo Criticista
Através das faculdades: sensibilidade e entendimento Kant
identifica formas a priori. As formas
a priori da sensibilidade ou intuições puras são o espaço e o tempo. Ou seja,
o espaço e o tempo não existem como realidade externa, são antes formas a
priori que o sujeito precisa para organizar as coisas. As formas a priori do entendimento são as categorias. Como o
entendimento é a faculdade de julgar, de unificar as múltiplas impressões dos
sentidos, as categorias funcionam como conceitos puros, que não têm conteúdo,
por serem formas a priori, condição do conhecimento. Segundo Kant nenhum conhecimento
em nós precede a experiência, e todo o conhecimento começa com ela. Mas embora
todo o nosso conhecimento comece com a experiência, nem por isso todo ele se
origina justamente da experiência. Pois poderia bem acontecer que mesmo o nosso
conhecimento de experiência seja um composto daquilo que recebemos por impressões
e daquilo que nossa própria faculdade de conhecimento fornece de si mesma. Tais
conhecimentos denominam-se a priori e distinguem-se dos empíricos, que possuem
suas fontes a posteriori, ou seja, experiência.
"Por Filosofia Moderna, entendemos o período do desenvolvimento do
pensamento que decorre entre os séculos XVI a XIX, mas que tem seus
antecedentes marcados pelo período renascentista que seria o momento de
transição entre a Filosofia Medieval e a Filosofia Moderna. Inclusive alguns
historiadores da Filosofia, defendem a ideia que esse período surge com o
Renascimento e a Reforma Protestante, por se ter a partir daí, uma verdadeira
revolução no pensamento ocidental, uma vez que os pensamentos desses dois
movimentos colocam-se de forma oposta ao pensamento Medieval.
Como relatamos na seção anterior, no período da Filosofia Medieval temos
uma retomada e do pensamento platônico-aristotélico, principalmente por Santo
Agostinho e São Tomás de Aquino, que cristianizam e harmonizam o pensamento
grego de forma que haja uma unidade entre fé e razão. No entanto, como também
mencionamos, ao final daquele período surgem novas possibilidades de pensamento
que combateram essa unidade entre fé e razão, ou seja, a perspectiva de que a
Filosofia era a serva da Teologia.
Estas novas correntes filosóficas posicionaram-se contra o pensamento
metafísico que dominou a Filosofia desde o período grego e ganhou força no
período medieval. Utilizando-se do método matemático e científico estas novas
doutrinas respondiam ao novo contexto, sóciopolitico-cultural-religioso da
época, uma vez que o mundo encontra-se mergulhado em profundas mudanças graças
ao Renascimento, a Reforma Protestante e consequentemente a Contra Reforma
Católica, as grandes navegações marítimas, a criação dos Estados Modernos, o
surgimento das ciências, entre outros.
Os inúmeros acontecimentos que se processam entre o Período Medieval e o
Período Moderno, aos quais citamos acima, produzem também uma reforma na
maneira de pensar o homem e o mundo. As redescobertas de obras de Platão,
esquecidas na Idade Média, das obras dos neoplatônicos e a descoberta de livros
de magia natural, possivelmente provenientes do Egito, possibilitaram entender
que o homem é parte integrante da natureza e pode agir sobre a mesma. Com isso,
passa-se a valorizar a vida ativa (a ação prática), em detrimento da
contemplativa medieval.
Nesse entendimento da vida como ação prática pensa-se agora na
fabricação de produtos, no consumo de produtos, no ideal republicano de governo
que se contrapõe ao poder absoluto do rei e a autoridade dos Papas. Neste
sentido, cabe então ao ser humano escrever as linhas de seu destino. E isso
acontece mediante: o conhecimento (ciência), a política (democracia
republicana), as técnicas (desenvolvimento de aparelhos de navegação,
desenvolvimento da arquitetura, da medicina etc.) e as artes (teatro,
literatura, pintura, escultura). O que nos permite afirmar que a modernidade
nasceu sob a égide da razão.
Muda-se a forma de pensar o trabalho humano, uma vez que durante todo o
período medieval trabalhar era uma punição merecida pelo homem, devido o pecado
original. No período moderno, no entanto, o trabalho é visto como o caminho
possível para humanização e domínio da natureza. Assim, o próprio conhecimento
é fruto do trabalho humano (resultado de experiências), o que anteriormente era
pensado como fruto da contemplação, ou seja, se chegava ao conhecimento sem
necessidade de esforço.
Assim, podemos dizer que o processo de formação da Filosofia Moderna,
busca superar a Filosofia Escolástica e com isso, cria uma nova ideia de
ciência, de trabalho, de natureza, de homem, de conhecimento".
Referências:
- Autora: SANTOS, Ana Rita. Disponível em:
http://www.notapositiva.com/trab_estudantes/trab_estudantes/filosofia/filosofia_trabalhos/empirismo.htm.
Acesso em: 04/05/2012.
- Autor desconhecido. Origem: Wikipédia, a
enciclopédia livre. Disponível em: http://pt.wikipedia.org/wiki/Filosofia_racionalista.
acesso em: 04/05/2012.
- Autor desconhecido. Origem: Wikipédia, a
enciclopédia livre. Disponível em: http://pt.wikipedia.org/wiki/Empirismo.
acesso em: 04/05/2012.
- Autor desconhecido. Disponível em: http://mundodeespuma-coutocircuito.blogspot.com.br/2010/01/notas-sobre-verdade-o-embate-teorico.html.
acesso em: 04/05/2012.
- ARANHA,Maria Lúcia de Arruda, MARTINS, Maria
Helena Pires. (Filosofando Introdução a Filosofia).
Historicamente falando podemos dizer que o termo moderno antecede o período que começa no século XVII, e este termo dava a idéia de oposição ao antigo ou ao anterior, designando o atual, o presente, na verdade estabelecendo uma ruptura com a tradição.
ResponderExcluirPode-se dizer que a filosofia moderna surge em contraposição a Filosofia Medieval, por exemplo, se a Filosofia Medieval era escolástica, teologica, a moderna era humanista e antropocêntrica, isto é, em vez de pensar Deus, ou do ponto de vista de Deus, pensa-se o homem, ou do ponto de vista do homem.
Em geral podemos dizer que quatro fatores históricos principais podem ser atribuídos a origem da Filosofia Moderna:
1. O humanismo Renascentista do Século XV;
2. A descoberta do Novo Mundo (1492);
3. A Reforma Protestante do Século XVI;
4. A Revolução Científica do Século XVII.